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IV – O desinteresse de uns e o interesse de outros
Uma página da história da Música Velha acaba de ser virada. O desinteresse de uns e o interesse de outros, com decisões tomadas em local próprio e pelos próprios interessados, para além das circunstâncias atrás referidas, culminam nestas alterações. É então criada a Filarmónica Gafanhense, instituição que, embora sedeada na Gafanha da Nazaré, é, sem dúvida, uma entidade cultural ao serviço do povo e do Concelho de Ílhavo, que muito o dignifica.
Das eleições realizadas em 18 de Junho de 1999, sai vitoriosa uma nova direcção para a Escola de Música Gafanhense, a qual redefine e clarifica a sua situação de coabitação com a Filarmónica Gafanhense, que até então tinha como sede provisória a casa de Dionísio dos Santos Marta, onde se guardava todo o espólio de ambas as colectividades. Foi decidido dar-se um novo rumo à Escola, procedendo-se, assim, à separação definitiva das duas associações.
Tendo estas duas associações diferentes direcções, existia, teoricamente, uma ponte de informação e ligação entre ambas. Era ela Dionísio dos Santos Marta, elemento comum às duas direcções e conhecedor dos diferentes estatutos, ignorados, em parte, pelos sócios da Filarmónica Gafanhense. Os seus directores, os únicos sócios da mesma, eram os músicos executantes, que regiam as duas associações.
Em 24 de Setembro de 2001, Dionísio Claro dos Santos Marta, devido a divergências com o novo presidente da direcção da Filarmónica Gafanhense, eleito em Fevereiro do ano anterior, abandona esta associação e os cargos de director artístico e de presidente da Assembleia Geral da mesma.
Com a separação destas duas instituições, a Filarmónica Gafanhense volta à estaca zero, no referente ao projecto de construção da sua sede e de ter uma escola de música na sua estrutura, para assim poder contar sempre com mais e melhores executantes.
A partir desta altura, a colectividade recomeçou a trabalhar, no sentido de aumentar a sua credibilidade artística, cultural e social, bem como de servir a população da Gafanha da Nazaré e o Concelho de Ílhavo, com mais amor e dedicação.
Há jovens que por aqui passaram como aprendizes, sendo alguns, presentemente, músicos profissionais, com cursos superiores de música, que muito têm dignificado a nossa terra.
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