Segunda-feira, 31 de Maio de 2010

Ruas da Gafanha da Nazaré: Rua Padre Rubens

 

 

 

Um prior que está na memória de muitos gafanhões

 

 

Lembro-me, com frequência, dos priores da Gafanha da Nazaré, que conheci ao longo da vida. Todos pelos trabalhos pastorais, sociais, culturais e outros que nesta terra desenvolveram. Ainda, pelo humanismo que partilharam, pela fraternidade que geraram e pela proximidade que estabeleceram com os paroquianos.

O Padre Rubens Severino, dos Padres de Schoenstatt, sucedeu ao Prior Miguel Lencastre. Foi  um Prior que reflectiu a fé nos seus comportamentos, mostrando uma humildade muito grande no relacionamento humano. Era um sacerdote que convivia com todos, independentemente das opções religiosas ou políticas de cada um, sendo, por isso, querido pelos gafanhões.

Entrou na Gafanha da Nazaré como coadjutor do Prior Miguel em 1979 e em 1982 assumiu a paroquialidade da nossa terra.

Acometido de grave doença, contra a qual lutou com tenacidade, o Padre Rubens sempre aceitou, com muita fé, a vontade de Deus. E assim viveu até à sua morte, que ocorreu em 21 de Março de 1990.

Para além das qualidades que lhe apontei, espelho da fé em Jesus Cristo que o alimentava, o Prior Rubens dinamizou o processo da criação do Lar Nossa Senhora da Nazaré e da Casa José Engling, enquanto exercia um ministério de proximidade entre pessoas e instituições.

Na altura da sua morte, escrevi que o Padre Rubens nos deixou, mas que «o seu exemplo de homem humilde e dedicado à Igreja permanecerá connosco, para nos iluminar uma vida mais desprendida e mais voltada para os outros».

E acrescentei: «Falar do Padre Rubens, da sua vivência entre nós, da sua total disponibilidade, da sua humildade em tantos gestos manifestada, e do seu espírito de pobreza, é deveras difícil. E é difícil porque sentimos a perda de um amigo com tudo quanto de bom sabia dar-nos no dia-a-dia do nosso viver comunitário e das nossas preocupações e anseios individuais. É difícil e doloroso porque sentimos como poucos quanto tinha ainda para nos transmitir numa doação não muito frequente nos tempos que correm, numa entrega enraizada numa fé toda ela impregnada duma simplicidade que cativava e sensibilizava.»

A rua que lhe foi dedicada, muito próximo da igreja matriz, mais do que justa, simboliza a sua presença permanente entre nós.

 

Fernando Martins

publicado por Fernando Martins às 09:06
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